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Embora sejam produtos com um custo mais elevado, as pessoas estão dispostas a pagar por eles. Conforme a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), alimentos mais saudáveis, com maior valor nutricional e menos ingredientes danosos à saúde, chegam a custar cinco vezes mais.

O movimento health style tem dominado o mundo e trazido lucro para saúde, mas também para a indústria alimentícia. Em 2023, o mercado global de alimentos saudáveis, ??funcionais e naturais foi avaliado em US$ 23,5 mil milhões e deverá aumentar para US$ 38,5 mil milhões até 2033.

5 principais tendências de alimentos saudáveis

Quando se fala em alimentos saudáveis há possibilidade de torná-los mais benéficos à saúde de diversas maneiras e há diferentes nichos para se explorar. Entenda melhor sobre as cinco principais tendências identificadas por empresas de pesquisas e envolvidas no setor.

1 - Alimentos orgânicos

O Relatório de Mercado de Produtos Orgânicos promovido pela 360 Research Reports revelou que até 2031, o mercado global deste tipo de alimentos deverá atingir US$ 201.700 milhões.

Portanto, frutas, vegetais, grãos e outros tipos de culturas produzidas de maneira orgânica devem se tornar cada vez mais valorizadas pelos consumidores. E produtos, mesmo que industrializados, que contenham ingredientes orgânicos ganhem a preferência.

Atualmente, a produção de alimentos orgânicos, ou seja, que não utilizam em seu sistema produtivo insumos artificiais como agroquímicos, drogas veterinárias, hormônios, antibióticos, Organismos Geneticamente Modificados (OGM) e transgênicos, já está presente em mais de 188 países. Informação publicada na 25ª edição de "The World of Organic Agriculture", do Instituto de Pesquisa de Agricultura Orgânica FiBL e IFOAM – Organics International.

Esse tipo de produto está, principalmente, em países como:

• América do Norte (Estados Unidos, Canadá e México);
• Europa (Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Rússia e Turquia, etc.);
• Ásia-Pacífico (China, Japão, Coreia, Índia, Austrália, Indonésia, Tailândia, Filipinas, Malásia e Vietnã);
• América do Sul (Brasil, Argentina, Colômbia, etc.);
• Oriente Médio e África (Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Nigéria e África do Sul).

2 - Alimentos funcionais

Os alimentos funcionais, ou seja, que possuem uma carga nutricional mais alta e com isso mais benefícios para a saúde, também estão entre as opções dos consumidores e tendem a se tornar mais escolhidos ainda nos próximos anos.

Eles vêm de encontro com a crescente preocupação das pessoas em melhorarem seu estilo de vida e consciência de que a alimentação é essencial para prevenção de doenças. Com isso, são procurados ingredientes que possam contribuir no fortalecimento do sistema imunológico, redução do colesterol, controle da pressão arterial, sejam ricos em vitaminas, minerais, fibras e outros componentes saudáveis.

São exemplos, aveia, frutas vermelhas, oleaginosas, peixes e chá-verde. Por isso, é preciso que a indústria esteja atenta a essas preferências dos consumidores e incluam ingredientes com estas características em seus produtos.

3 - Alimentos que estimulam a energia

Alimentos e bebidas que estimulam a energia também estão sendo cada vez mais procurados. Com uma rotina agitada, as pessoas entendem que precisam buscar na alimentação itens que contribuam para que ao longo do dia consigam ter disposição física e mental.

A cafeína é um dos principais componentes que contribuem para isso. Mas além dele, os consumidores pedem por bebidas que também tenham outros itens benéficos para a saúde, como probióticos, por exemplo.

4 - Alimentos de origem vegetal

Alimentos veganos e plant-based já vêm há alguns anos crescendo entre as preferências dos consumidores. Por isso, a indústria alimentícia deve estar atenta em além de ofertar de maneira mais atrativa os alimentos in natura, pensem em processados ou minimamente processados que não contenham ingredientes de origem animal.

É preciso buscar produtos que tenham em sua composição plantas, vegetais, frutas e cereais que contenham proteínas, vitaminas e outros componentes benéficos à saúde, além de serem saborosos, é claro.

Segundo o The Good Food Institute, o mercado de produtos vegetais pode gerar entre US$ 100 bilhões e US$ 370 bilhões até 2035.

5 - Alimentos hipocalóricos

Por fim, uma tendência que acaba indo de encontro a todas as outras já citadas são os alimentos hipocalóricos, ou seja, com baixa calorias. Prevalece aqui a busca por uma saúde melhor, mas também pensando esteticamente no emagrecimento.

Os mais comuns são os alimentos in natura como frutas, vegetais, grãos, legumes ou plantas. Mas é interessante o fomento da indústria em alimentos com esses ingredientes, de forma que sejam minimamente processados e com pouco ou nenhum açúcar.

Erva-mate nos alimentos 

A erva-mate pode ser um ótimo ingrediente para alimentos saudáveis. Nem só em bebidas ela pode ser incorporada. Em alimentos, a planta também pode ser explorada de diversas maneiras.  

Por exemplo, as folhas processadas em pó podem virar uma farinha e ser incorporada a biscoitos, bolos e outros tipos de massas. Pode também estar presente em barras de cereais ou enérgicas para dar ainda mais energia. 

O extrato de erva-mate também pode ser utilizado para conservar os alimentos ou como um aditivo natural, antioxidante e conservante. Com sua cor verde, a partir das folhas da planta, também podem ser produzidos conservantes, substituindo corantes artificiais. 

Com alto valor nutritivo, que vai muito além da cafeína com seu poder estimulante, a planta tem mais de 190 compostos químicos identificados, importantes para a manutenção do organismo de seres humanos. Alguns deles são os antioxidantes, flavonoides, açúcares simples, minerais, vitaminas da classe B, fibras alimentares e proteínas. 

Portanto, com tantas propriedades, a erva-mate pode ser um poderoso ingrediente natural na busca de alimentos mais saudáveis, seguindo uma tendência que veio para ficar. 

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