Muito além do chimarrão e do tererê, a erva-mate tem sido estudada por pesquisadores e universidades por seus inúmeros benefícios à saúde. Com origem indígena e presença marcante no sul do Brasil, a planta reúne tradição, funcionalidade e potencial de inovação em alimentos, bebidas e suplementos.
Neste artigo, você vai conhecer sua história, os principais compostos presentes na erva-mate e como ela pode contribuir para o bem-estar.
Nome popular: erva-mate
Nome científico: Ilex paraguariensis st.hill
Família: Aquifoliaceae
Origem: espécie nativa da américa do sul
Principais compostos ativos: cafeína, teofilina, teobromina, taninos, ácido clorogênico
Esses compostos oferecem propriedades estimulantes, antioxidantes e anti-inflamatórias, sendo amplamente valorizados em formulações saudáveis.
A utilização da erva-mate remonta ao ano 1.000 a.C., entre os povos indígenas da América do Sul. As folhas eram mastigadas ou preparadas em infusões com água dentro de uma “cabaça”, antecessora da cuia.
No dialeto quíchua, a palavra *mati* (cabaça) deu origem ao nome da planta: mate. Para os indígenas, a erva-mate era considerada mística, relacionada à vitalidade, força e fertilidade.
Com a chegada dos colonizadores, o hábito se espalhou — e nasceu o chimarrão, hoje símbolo cultural no Brasil e em países vizinhos.
No Paraná e em Santa Catarina, a extração da erva-mate gerou riqueza e poder, formando os chamados “barões do mate”, figuras centrais na economia do século XIX.
Já na década de 1970, a modernização da agricultura reduziu seu cultivo em alguns estados. O Rio Grande do Sul, por exemplo, deu lugar a lavouras de soja, milho e trigo.
Por outro lado, o Paraná e Santa Catarina mantiveram a tradição, com destaque para o cultivo sombreado em florestas com araucária — técnica que preserva a biodiversidade e resulta em erva de maior qualidade. Hoje, o Paraná lidera a produção nacional, com apoio de políticas públicas e incentivo à cadeia produtiva.
Pesquisas recentes revelam que a erva-mate contém mais de 190 compostos químicos, entre eles:
- Alcaloides (cafeína, teobromina, teofilina)
- Polifenóis e flavonoides (antioxidantes)
- Minerais, vitaminas do complexo B e aminoácidos
- Fibras alimentares e até proteínas de alto valor biológico
Esses compostos ajudam a combater os radicais livres, reduzir o estresse oxidativo, fortalecer o sistema imunológico e promover o bem-estar geral.
Estudos também demonstram que os compostos da erva-mate são absorvidos no intestino, o que garante aproveitamento real dos benefícios.
Hoje, a erva-mate é utilizada em diversos formatos:
- Chás tradicionais ou em sachês
- Blends com outras ervas
- Suplementos energéticos e funcionais
- Ingrediente em cápsulas, alimentos e bebidas industrializadas
Além disso, sua exportação cresce ano após ano, impulsionada pela valorização de ingredientes naturais e clean label.
Pesquisas em andamento indicam que a erva-mate pode ser usada em rações para peixes, aves, suínos e até pets. Os compostos presentes ajudam a modular o colesterol, melhorar o sistema imune e até reduzir odores — além de melhorar o sabor da carne, como já reconhecido por países como o Japão.
A erva-mate é muito mais do que uma bebida tradicional. É uma planta rica em história, funcionalidade e potencial de inovação para a indústria de alimentos, suplementos e até fármacos.
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